O homem já foi a Marte e à Lua, mas não ficou
satisfeito. Queria ir além, queria chegar a Júpiter.
Então, a nave foi construída. Dentro, havia
de tudo, de computadores futurísticos a piscinas de água quente. Contudo, havia
um problema. Quem iria fazer essa missão impossível? Quem seriam os corajosos
homens que enfrentariam o espaço dentro de uma verdadeira banheira? Foi então
que surgiu a ideia de fazer um sorteio, e o pessoal da NASA convocou Adam
Kardec e Nicolau Guilbert, que resolveram decolar às 3 horas do dia 23 de
setembro de 1988.
O grande momento chega, eles vão decolar.
Começa a contagem regressiva: dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro,
três...
— Espere um pouco! — diz Nicolau.
— O quê? — responde, zangado, o capitão.
— Estou com vontade de ir ao banheiro.
— Mas você não tinha ido antes? — diz Adam,
irritado.
— Vá logo!
— Não.
— Por quê?
— Agora perdi a vontade.
— Está bem, vamos continuar a contagem. Três,
dois, um, decolar.
E eles passam pela estratosfera, ionosfera e
outras dessas esferas. Assim que saem da órbita terrestre, Nicolau pergunta a
Adam:
— Mas onde fica Júpiter?
— Júpiter fica... é... fica em... Eu não sei.
— Vamos ver se lá naquela placa está escrito
Júpiter.
Adam, furioso, dá um tapa em Nicolau. Não
acreditava que nenhum deles conhecia o caminho. O jeito era contar com a sorte.
— Controle da missão, aterrissamos em Júpiter
— informa Adam.
— Ou seria jupiterrissamos? — pergunta
Nicolau.
— Tanto faz. O importante é que chegaram —
responde o capitão. — O que vocês estão fazendo?
— Meu parceiro está... fazendo um castelo de
areia — diz Adam, bravo.
— Ahhh! O vento desmanchou.
— Vento? Existe vida em Júpiter? — pergunta,
curioso, o capitão.
— Não — responde Adam.
— Então, podem voltar.
— É assim? Sem uma luta extraterrestre, sem
uma briguinha ao menos?
— Isso mesmo. Apenas tragam uma amostra do
planeta.
— Tudo bem.
E foi assim que os terráqueos conquistaram
Júpiter.
Autor: Wolney Dalla Pria Neto