Bem-vindo, este blog é um espaço para os alunos do Colégio Alpha de Quatá publicarem suas redações, sob a supervisão dos professores de Língua Portuguesa.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O melhor dia de todos

Era um dia normal como todos, a escola estava chata como sempre, e minha paixonite secreta, igual, como todos os dias.
Fiquei babando em todas as aulas, mas, por sorte, ele nem me notou. Todos sabiam dessa minha paixão, menos ele.
Sou Jenie. Naquela época, eu tinha 16 anos e gostava de Ronni. Eu era loira de olhos azuis. Não tinha muitos amigos e gosto de cantar até hoje.
Ronni era inteligente, bonito, um dos meninos mais bonitos do colégio, segundo meu gosto.
Na minha escola, havia as pinks. Eram três meninas metidinhas que menosprezavam todas as outras pessoas. Também havia os nerds. Eram três meninos horríveis que achavam que eram os melhores dos melhores, “os mais mais”. Por fim, havia o grupo dos mais gatos: Ronni, Mike, Robson e Dani.
Para minha surpresa, naquele dia que parecia que nada ia acontecer, Ronni falou pela primeira vez comigo:
— Oi!
— Oi — respondi carinhosamente e vibrando por dentro.
O sinal tocou, entramos todos para a sala.
— Bom dia, alunos! Quero avisar que a escola tem a honra de fazer o primeiro show de talentos da história — disse o professor.
Vibrei por dentro, achei a chance de mostrar meu talento para a escola toda.
— Dia 7 de junho, às oito da noite.
Só havia um problema a resolver. Qual música cantar? As músicas que eu escrevia eram só dueto e ainda por cima com o Ronni. Eu não tinha a mínima chance de cantar e de ficar com ele. Mas eu estava realmente apaixonada. Quando eu olhava para ele saía corações dos meus olhos. Muitos outros meninos olhavam para mim, mas eu não ia desistir do meu sonho tão rápido.
Falei para o professor que eu ia desistir, e, sem querer, o Ronni escutou. Quando saí da sala, ele gritou:
— Ei! Espera!
Parei no meu armário.
— Por que você não vai mais participar?
— Ah, sei lá, não vai dar.
— Se for por não ter parceiro, formo a dupla com você.
— Sério?
— É sim, gosto de cantar. Faço músicas, mas é só dueto, e não tenho com quem cantar.
— Nossa, obrigada!
Naquela hora, meu desejo se realizou. Nunca pensei que cantaria e comporia uma música com o menino dos meus sonhos.
— Que tal irmos ao parque para compor nossa música?  — sugeriu Ronni.
— Legal!
Fomos ao parque, compusemos a música e ficamos batendo papo.
— Olha, Ronni, eu quero lhe falar uma coisa que ninguém sabe.
— Pode falar, eu guardo segredo.
— Eu gosto muito de você, desde o ano retrasado, quando você entrou.
— Nossa, agora posso lhe dar uma coisa? Ao receber, você vai saber o que sinto por você.
— Vai em frente.
Então nos beijamos. Aquele dia foi o melhor da minha vida. Depois de um tempo paramos, e eu disse:
— Você quer ensaiar de novo?
— OK!
Ensaiamos e fomos para casa.
Assim que cheguei, contei tudo para meu diário, é claro, mas só ele que ia saber detalhe por detalhe.
Alguns dias se passaram, e, em todos eles, ensaiamos e nos beijamos, até que chegou o grande dia da apresentação.
A primeira dupla cantou Djavú. Em seguida, um grupo cantou Restart. Mike, Robson e Dani eram a banda antes da nossa. Eles cantaram uma música legal. Não lembro como se chamava, mas foi divertida. Por fim, nossa vez chegou e cantamos uma composição de Ronni.
Como o festival estava sendo transmitido pela TV, na hora de conhecermos os ganhadores, o apresentador disse:
— Fiquem na frente da TV porque já estamos de volta.
Ficamos mais nervosos ainda. Quando voltou do comercial, o apresentador falou:
— E a dupla vencedora é... (uma música de suspense quase nos ensurdeceu)... Ronni e Jenie!!!
Foram muitos gritos e comemorações. E assim Ronni e eu começamos nosso namoro e nossa carreira artística.

Autora: Nathalia da Fonseca Campos

terça-feira, 19 de abril de 2011

A Cinderela Má

Em uma tarde ensolarada e quente, Cinderela nadava na piscina com suas amigas: Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Bela Adormecida, Ariel, Pocahontas e Mulan, enquanto suas irmãs, Mariana e Amanda, e sua madrasta, Maria, arrumavam a casa.
Ao escurecer, Cinderela se arrumou para ir à balada. Ela fez chapinha, vestiu minissaia, blusa decotadíssima e aberta nas costas, sapatos meia-pata e brincos enormes. Quando ela desceu a escada e foi em direção da porta, sua madrasta disse:
— Aonde você vai assim a esta hora, minha filha?
— Primeiro, eu não sou sua filha. Segundo, não interessa aonde vou — respondeu Cinderela, mal-educadamente.
A madrasta ficou quieta. Cinderela saiu e só voltou de madrugada e ainda por cima bêbada. Mas ninguém ficou sabendo do acontecido.
Passaram-se alguns meses. Num domingo pouco antes do casamento marcado das irmãs Mariana e Amanda, houve um almoço com os noivos na casa da Cinderela. Como Cinderela não suportava ver a felicidade de ninguém, seduziu os noivos de suas irmãs, que ficaram arrasadas ao flagrar a menina má aos beijos com eles.
Mas esta não foi a única maldade que Cinderela fez. Se juntar todas, é possível fazer um livro. Outra vez ela cortou o vestido de festa da sua irmã Amanda, pois sentia inveja por ele ser lindo, todo de renda e paetês.
Um ano e meio depois, a madrasta recebeu um convite dos príncipes.
Convidamos a Sra. Maria e suas filhas, Amanda, Mariana e Cinderela, para o baile em que os príncipes Felipe e Augusto e o rei Marcelo vão escolher suas noivas.
Aguardamos sua presença.
Data: Hoje à noite
Local: Castelo Muffy
Horário: 20h00
Ass.: Príncipes Felipe e Augusto e o Rei Marcelo.
Dona Maria avisou as filhas, e todas começaram a se arrumar. Maria colocou um vestido longo, verde, com estampas; Mariana, um vestido cor-de-rosa, com fitas de cetim. Amanda estava com um vestido longo, azul, de frente única; e Cinderela, um vestidinho preto, justo, curtíssimo de strass. Sua madrasta não gostou nada, mas fazer o quê? A menina má não tinha limites.
E lá foram elas, entraram na festa, comeram, beberam e dançaram até que chegou a hora de os príncipes e o rei anunciarem suas escolhidas. Então, o conselheiro do rei disse:
— Vamos conhecer as futuras princesas e rainha. Augusto escolheu Mariana, filha da Sra. Maria.
Mariana correu para os braços do príncipe Augusto.
— O príncipe Felipe escolheu Amanda, irmã de Mariana.
E Amanda também correu para os braços do príncipe Felipe.
— E o rei Marcelo escolheu a Sra. Maria.
E Maria correu em direção do rei Marcelo.
Passaram-se três meses, e as três se casaram. Mariana com o príncipe Augusto, Amanda com o príncipe Felipe e a Sra. Maria com o rei Marcelo. Eles foram felizes para sempre, mas será que Cinderela foi feliz também? Isso não sabemos até hoje.

Autora: Gabriela Lopes Zanichelli

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Superação

Em uma terra de camponeses, havia um menino chamado Junior, filho de uma mulher bondosa e de um homem muito mau, que, antes de abandoná-los, disse:
— Eu voltarei e não deixarei este moleque vivo.
O menino cresceu e virou um rapaz muito prestativo, educado e estudioso. Sempre ajudando sua mãe no trabalho, que era colher verdura, ele dizia:
— Mãe, nós somos pobres, mas eu prometo que irei lhe dar tudo o que quiser.
A mãe tinha muito orgulho do filho e falava:
— Filho, nunca deixe de estudar para não ter a vida pobre como a minha.
Quando fez onze anos, o menino descobriu que seu pai queria matá-lo. Contudo, ele não se surpreendeu e se preparou.
Seu pai voltou com grande ódio, pois fazia tempo que não matava ninguém.
O jovem, muito esperto, fez um plano. Quando o pai chegasse e batesse à porta, ele deixaria entrar, pois havia cavado um buraco na entrada da casa. Assim, ele capturaria um dos maiores vilões do mundo.
Dito e feito. Seu pai caiu no buraco, o menino chamou a polícia e ficou conhecido no mundo todo.
Depois, ele cresceu, foi para a faculdade e se formou em Administração. Trabalhou, ficou rico e realizou o sonho de sua mãe. Casou-se e teve dois filhos a quem ensinou duas coisas: sempre estudar e nunca deixar que pessoas más atrapalhem sua vida, pois, assim, colheriam bons frutos no futuro.

Autor: João Pedro Gangorra da Silva

sábado, 16 de abril de 2011

I Encontro Literário do Colégio Alpha

Aconteceu, hoje às 15h, o I Encontro Literário, com a participação do autor e jornalista Ramon Barbosa Franco. O paraguaçuense que escreveu o livro Contos do Japim falou, dentre outros temas, sobre a intertextualidade, visto que sua obra — diferente do Japim que se restringe à imitação — é um grande diálogo com diversos textos consagrados, como Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, que ele considera leitura obrigatória para um falante de português.

Durante o bate-papo com os alunos de 14 a 17 anos, o autor recomentou mais cinco obras: A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne, O Alquimista, de Paulo Coelho, Sagarana, de Guimarães Rosa, O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway, e Capitães da Areia, de Jorge Amado.



terça-feira, 5 de abril de 2011

Filhotes de lobo


Uma loba chamada Mary estava prenha de um lobo chamado Zeus, que cuidava das caças, pois ela não podia.
Num dia, Zeus saiu para caçar na floresta e foi morto por caçadores. Mary, que ficou na toca, uivava de dor, pois estava dando à luz. Os caçadores ouviram os uivos e foram atrás, mas, antes de morrer, Mary deu à luz e escondeu os filhotes.
Mais tarde, um comerciante os encontrou e levou para vender.
Uma menina chamada Sara comprou os filhotes, pensando que eram cachorros. Ela os chamou de Tor, Endiu e Clarck.
Depois de um tempo, eles cresceram, começaram a apenas comer carne e, à noite, uivavam para a lua. Sara estranhou os dentes deles, estavam grandes e pontiagudos. Ela olhou bem e viu que eram lobos.
Então, Sara os alimentou e levou para a floresta, pois sabia dos riscos de ter lobos em casa. Eles são perigosos e traiçoeiros.

Autor: Pedro Henrique S. Demetrio Jorge