Bem-vindo, este blog é um espaço para os alunos do Colégio Alpha de Quatá publicarem suas redações, sob a supervisão dos professores de Língua Portuguesa.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Qualquer tema



Qualquer tema pode ser assunto de um texto. De uma simples palavra posso contar uma história. O que importa não é o tema, mas sim a intensidade com que se fala sobre ele, seja uma folha que cai, seja um trovão que treme a terra, seja uma guerra, seja uma criança que nasce. O que importa é como é descrito, compreendido.
Então, qual é o seu tema?

Autor: Felipe Mateus de Lima e Silva

O gato


Havia um gato que tinha muita mordomia em sua casa. O dono o escovava três vezes por dia, dava-lhe de comer, uma ração muito cara, e deixava-o dormir em uma cama bordada com fios de ouro.
Só que certo dia ele aprontou muito com o dono. Derrubou o litro de refrigerante, arrebentou a correia do sapato e fez uma bagunça com os novelos de lã. Então, o dono lhe deu um calmante muito forte e o abandonou na floresta.
Ao acordar, o gato ficou confuso e perguntou para uma coruja:
— Onde estou? Não me recordo de nada.
— Você está na floresta. Um homem o trouxe aqui, e você estava completamente desmaiado.
O gato nem deu importância, pois achava que na floresta ele teria toda aquela mordomia. Mas, logo pela manhã, o gato sentiu fome e percebeu que teria que se virar para comer. E uma coisa que o gato não gostava era de passarinho. Então, ele foi atrás de alimento. Como não achou nada, teve que caçar pássaro.
Os dias se passaram, e o gato começou a sentir falta de sua vida luxuosa, mas, como não tinha o que fazer, sofreu para se acostumar na floresta.
Moral: Precisamos dar valor ao que temos.

Autora: Lara Almeida de Menezes

quarta-feira, 30 de março de 2011

O rato do campo e o rato da cidade


Um dia, um rato do campo convidou o rato que morava na cidade para ir visitá-lo. O rato urbano foi para a casa de seu amigo, mas não gostou da comida simples que lhe foi oferecida.
Então, o rato da cidade chamou o do campo para acompanhá-lo na volta à metrópole, prometendo mostrar-lhe o que era a boa vida.
E lá foi o ratinho caipira para a cidade, onde conheceu uma despensa repleta de iguarias, como queijo, mel, cereais, figos e outras comidas que eles gostavam. Assim que entraram nesse paraíso, não perderam tempo e atacaram.
Eles mal haviam começado a comer quando a porta da despensa se abriu e um cozinheiro entrou. Os dois ratinhos fugiram apavorados e se esconderam no primeiro buraco que viram. Quando acharam que o perigo tinha passado, tentaram sair do esconderijo, mas outra pessoa entrou e os viu. Por sorte, a pessoa era generosa. Então, ela os pegou, viu que estavam com fome, deu um pedaço de queijo para cada um e os colocou na rua.
O rato do campo voltou para sua casa muito satisfeito e falou para seu amigo que iria visitá-lo de novo. Afinal, quem conhece a mordomia jamais a esquece.

Adaptação: Giovanni Vallim Maniezzo

quinta-feira, 24 de março de 2011

A ilha misteriosa



Certo dia, meus amigos e eu decidimos viajar. Então, alugamos um iate na marina de Florianópolis, juntamos o dinheiro, compramos tudo e fomos. Foram na viagem: Nathy, Tali, Felício, J. Vitor, Lari, Mati, Isa, Léo, Neto e eu. É bastante gente, mas foi legal.
Embarcamos em uma sexta-feira de sol e, é claro, contratamos um marinheiro, Gustavo (eu não queria morrer). Ele mostrou todo o iate para nós e por último os quartos. Ele era um sarro, zoava todos, era muito legal.
Dividimos os quartos certinho, e os casais ficaram juntos, para ninguém segurar vela, não é?
Viajamos uns três dias bem legais, jogamos, comemos, zoamos e nos divertimos à beça. Mas para limpeza ninguém ligou. Ainda bem que contratamos uma mulher para limpar toda a bagunça.
Os casais estavam superfelizes de poder passar um tempo juntos.
Até que no quinto dia, achamos uma ilha linda, mas deserta, e decidimos parar para dar uma olhada.
Descemos, e cada um foi para um canto explorar. Eu estava andando quietinha quando escutei uma voz:
— Olá!
Foi o maior susto da minha vida.
— El... Elv... Elvis Presley, é você?
— É claro. Quem tem um topete lindo como o meu?
— Eu não acredito! Então, quer dizer que você não morreu mesmo.
— Lógico que morri, você está vendo meu fantasma.
Então, enquanto a gente passeava, ele me contou a história de que, quando pessoas famosas morrem, suas almas vão para aquela ilha.
Alguns minutos depois, encontrei meus amigos com mais alguns famosos. Tiramos fotos, demos uma festa etc.
No outro dia, acordamos, nos despedimos e fomos embora.
Quando voltamos para terra firme, contamos a nossa aventura e todos ficaram bobos ao ver as fotos.
Mas de uma coisa eu tenho certeza, essa viagem foi incrível, eu nunca vou esquecer!

Autora: Carolina Pelosi Alves

terça-feira, 22 de março de 2011

O gato e o pássaro


Era um belo dia de verão, e pássaros brincavam na praça da cidade, todos felizes e alegres.
De repente, chegou um gato que estava morrendo de fome, pulou em um galho e pegou um pássaro. Mas a vítima reparou que, em outro galho, havia cinco passarinhos e falou:
— Amigo gato, para que comer só um passarinho, se ali no outro galho há cinco.
O gato pensou bem e respondeu:
— Muito bem, passarinho, você é bem esperto. Vá, vá embora.
Mas os outros pássaros tinham visto que o gato queria pegá-los e se prepararam. Quando o bichano pulou no galho, todos voaram. O gato se desequilibrou, caiu, quebrou uma pata e ficou de barriga vazia.
Moral: Mais vale um pássaro na mão do que cinco no galho.

Autora: Mariana Croscatto Lopes Pereira

sábado, 19 de março de 2011

A Realidade Fora dos Nossos Portões

Tudo começa com a criança na rua, depois vira um ciclo, pois esta formará sua família e sua estrutura familiar na rua. Mas de onde veio essa criança? Por que ela está ali? Quais suas intenções? Essas são as perguntas que ficam na cabeça das pessoas e que são travas para tentarem mudar algo na vida de cada ser abandonado, ou machucado, ou explorado. Tudo fica mais fácil quando ignoramos, deixamos para trás, olhamos para nossas vidas, estruturadas e felizes, e aquela criança na rua, que é o futuro da sociedade, aquela família desamparada, vira apenas mais uma cena banal na rotina de cada um.
O governo, principalmente dos países subdesenvolvidos, oferece pouca estrutura para essas famílias. O recém-nascido que cresce vendo a realidade das ruas raramente terá a perspectiva de estudar, crescer e mudar, por meio da educação, a sua vida, principalmente, porque cada criança está ali por um motivo, dentre eles, o tráfico ilegal de menores, as drogas, o abandono etc. Tudo que esse menor consegue sonhar é com um dia ter um trapo feito de lã para dormir e não precisar mais repousar coberto com um papelão, dividindo-o com ratos e baratas.
Em 2006, a Revista “Mundo e Visão” publicou uma entrevista com um morador de rua que dizia que o maior desejo deles era conseguir um trabalho digno, mas eram impedidos pelo preconceito das pessoas e a falta de documentos.
A abertura de ONGs e a participação da pequena parcela da população preocupada com elas deixam um ar de esperança nessas pessoas que não conseguem encontrar um alicerce para se erguerem, ou reerguerem. Abaixo-assinados em relação a isso existem, mas são poucos, pois a minoria toma iniciativa de colaborar. Consequentemente, fica mais fácil para o poder público esquecer que esses seres humanos existem e precisam de um apoio bem maior do que lhes é oferecido.
Julgar ou ignorar uma situação tão delicada quanto à vida nas ruas não é o melhor caminho. Apoio, ajuda psicológica, palestras podem ser promovidos por qualquer grupo de pessoas que pensa em ajudar seu próximo. Oferecer comida ou moedas é uma ajuda momentânea, que não vai acabar com as marcas que foram deixadas em cada ser humano abandonado, cicatrizes intensificadas pelo tempo e pelo descaso.

Autora: Sônia Maria Mattiuzzi de Jesus

sexta-feira, 18 de março de 2011

Vista-se de respeito

Um garoto foi detido nos Estados Unidos pelo simples fato de estar usando uma calça que deixava aparente a sua cueca. Atitude no mínimo exagerada para se tomar com um adolescente que só queria “estar na moda”.
A grande variedade de tribos, estilos e modos de vestir com os quais nos deparamos gera, inevitavelmente, uma discussão sobre o que se deve ou não vestir e até que ponto pode haver uma interferência exógena na vestimenta das pessoas.
Não se pode julgar sumariamente alguém só pelo vestuário. No entanto, é o que a maioria das pessoas faz. Uma mulher que sai com um decote mais ousado ou um garoto que sai com a metade da cueca à mostra, embora distantes do que se diz polido, não estão cometendo um atentado ao pudor.
Na verdade, a tolerância e o respeito têm que ser objetivos constantes em nosso convívio. Afinal de contas, todos nós somos diferentes, e não se pode impor esse ou aquele padrão de comportamento às pessoas, mesmo que esse seja o da maioria.
Enfim, tolerância e respeito são as principais virtudes de quem melhor sabe lidar com as diversas situações que a abrangente condição humana pode proporcionar, ou seja, antes de se vestir de qualquer roupa, vista-se de respeito.

Autor: Gabriel Henrique Averoldi Magalhães