Bem-vindo, este blog é um espaço para os alunos do Colégio Alpha de Quatá publicarem suas redações, sob a supervisão dos professores de Língua Portuguesa.

quarta-feira, 2 de março de 2011

A Lady do Caos


Minha vida complicou de uns tempos para cá. Além de descobrir ser adotada, ser filha do rei de Shadowfall, estamos eu e minha amiga Phelps sendo acusadas de crimes que não cometemos, crimes que nos poderiam custar a vida.
Vamos logo do início. Eu cresci no vilarejo de Battleon com meus pais adotivos, Tristan e Elena. Eles eram típicos moradores do vilarejo, exceto pelo fato de serem magos e sempre me ensinarem os conceitos da magia.
Ah! Já ia me esquecendo, sou Thammy, 15 anos, maga, cabelos pretos e olhos de um azul acinzentado.
Phelps e eu somos amigas desde pequena. Ela tem cabelo ruivo e curto e olhos inacreditavelmente cor-de-rosa, ela fora criada por piratas.
Crescemos juntas, nunca brigamos, mas sempre entramos em confusões, como quando levamos o Red Dragon para Battleon, mas isso não vem ao caso agora.
Nós estávamos em busca de Sneevils, pequenas criaturas verdes de orelhas e nariz pontudos. Era uma caçada feita por Alteon, o rei de Swordheaven. Um dia comum para nós, até que andando pela floresta, encontramos um esqueleto correndo.
— Talvez eles trabalhem para Gravelyn, já que Sepulchure morreu — disse Phelps, preocupada.
— Ou não, Phelps! Ele está trabalhando para Drakath e as forças do Caos! Olhe, ele empunha uma lança roxa escura!
E seguimos o esqueleto.
Drakath é o vilão da história, ele quer juntar os 13 guerreiros mais fortes de Lolosia, o meu país, para controlá-lo.
Quando o esqueleto parou, nós nos escondemos atrás de uma árvore. Eu, como sempre, em estado de alerta, estava com meu cetro lunar armado e minha faca presa à bota. Nós viramos somente as cabeças e vimos um exército e o próprio Drakath dando ordens. Atentamente, ficamos ouvindo o que ele ordenava.
Após ouvir todo o plano, Phelps e eu corremos a Swordheaven para contatar o rei Alteon. Não foi complicado entrar no castelo. Corremos até a sala do trono e encontramos Alteon discutindo com seu filho Noctis.
— Senhor Rei Alteon!
Ele e Noctis desviaram o olhar para mim.
— Pois não, garota!
— Sou Thammy, senhor. Venho com minha amiga Phelps dizer que vimos Drakath com um exército planejando invadir Swordheaven!
— Oh! Isso é ruim! Noctis, alerte os cavaleiros e paladinos, eles precisam ficar nas fronteiras de Swordheaven.
— Certo, pai! — disse Noctis e saiu correndo.
— Eu ouvi que Drakath está escondido em Dwarfhold, já com 12 guerreiros, só falta um!
— Então, ele está com quase todos os Lordes do Caos.
— Lordes do Caos?
— Os maiores guerreiros são, na maior parte das vezes, convertidos ou predestinados a serem Lordes do Caos.
— E qual seria o mais poderoso deles, Drakath?
— O certo seria ser Drakath, mas, dentre os Lordes, há uma Lady, e ela é a mais poderosa.
— E quem estaria predestinada a ser ela?
— Provavelmente uma das filhas de Sepulchure.
— Mas Sepulchure não tem só Gravelyn de filha?
— Thammy, há muito tempo, eles viviam em Shadowfall, que não estava em ruínas ainda. Drakath atacou Swordheaven e, quando foi a Shadowfall, destruiu quase toda a cidade e o castelo. Sepulchure morreu lutando com Drakath. Crê-se que Gravelyn, a filha mais velha, escapou do ataque e que Frigga, a esposa de Sepulchure, pediu a uma serva que levasse a caçula para longe e nunca deixasse descobrir quem era. Depois disso, ela morreu.
— Então, temos de achar a filha mais nova, ela com certeza é a Lady do Caos.
— Thammy, você e Phelps foram agora designadas para essa missão.
— Pai, deixe-me ir também! — disse Noctis, chegando.
— Filho, eu lhe designo essa missão de ir com elas.
— Perfeito! Obrigado, pai.
— Usem o Blue Dragon para ir a Dwarfhold, chegarão lá rapidamente.
— Obrigada, Vossa Alteza — disse me curvando.
— Venham, garotas. Adeus, pai.
— Tenham cuidado. Ei, esperem!
— Sim, senhor — disse me voltando.
— Drakath roubou minha espada, pelo menos acredito que foi ele. Detenham-no e tragam minha espada. Caso precisem de minha ajuda, usem a pedra comunicante.
— Certo, Alteza. Adeus.
Dito isso, saímos do castelo, montamos no Blue Dragon e, algumas horas depois, chegamos a uma caverna na cidade de Dwarfhold. Chegamos e nos escondemos atrás de umas pedras. Lá estavam todos os Lordes, exceto a Lady do Caos, como eu imaginava. Mas Drakath nos achou antes do esperado.
— Ora, ora, ora. Thammyres, Noctis e Phelps, um trio inimaginável.
— Por que diz isso, Drakath?
— Nunca imaginaria a filha mais nova de Sepulchure, última Lady do Caos – você! – com o filho do rei Alteon, Noctis, e a grande Princesa dos Piratas, Phelps.
— Espere, eu sou a filha de Sepulchure?
— Você irradia morte, como seu pai, e é muito poderosa. Por isso, está destinada a ser a Lady do Caos.
— Eu nunca servirei a você!
— Pense melhor, garota!
Nesse meio tempo, vi a espada do rei Alteon e gritei para Noctis mantê-la a salvo, mas ele a jogou para mim, para que eu derrotasse Drakath com ela, e a luta começou.
Noctis e a Phelps estavam derrotando os outros Lordes do Caos enquanto eu estava perdendo de Drakath. Então, saquei meu cetro lunar e invoquei o seguinte poder:
— Eu, Thammyres Deathgood, filha de Sepulchure, a última Lady do Caos, acabo de banir você, Drakath, e seu exército do Caos para sempre!
Dito isso, um portal se abriu e sugou todos que serviam Drakath.
Chegamos a Swordheaven, e eu entreguei a espada ao rei Alteon. Ele, pelo visto, tinha descoberto que eu era a última Lady do Caos.
— Alteza, eu consegui recuperar sua espada a tempo.
— Mentirosa!
Naquele momento, vi a vida minha e de Phelps terminando, até que Alteon sorriu, de um jeito travesso.
— Fora meu filho que a pegou.
Sorri, entendendo a brincadeira.
— Vocês são heróis, têm a honra e minha confiança agora. Podem ir.
Phelps e eu saímos, então.
Agora, eu penso:
“Um dia, tomarei coragem e seguirei minha irmã Gravelyn. Nós nos juntaremos a Alteon. Pelo menos, pretendo convencê-la de que lado ficar, mas, até lá, o que vier é lucro.”

Autora: Talita Vomero Gil

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