Bem-vindo, este blog é um espaço para os alunos do Colégio Alpha de Quatá publicarem suas redações, sob a supervisão dos professores de Língua Portuguesa.

sábado, 8 de outubro de 2011

Mudança de endereço


Este blog se mudou para uma nova casa, muito maior e mais aconchegante. Esperamos sua visita: http://blog.alphacoc.com.br/.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Uma possível viagem a Júpiter



O homem já foi a Marte e à Lua, mas não ficou satisfeito. Queria ir além, queria chegar a Júpiter.
Então, a nave foi construída. Dentro, havia de tudo, de computadores futurísticos a piscinas de água quente. Contudo, havia um problema. Quem iria fazer essa missão impossível? Quem seriam os corajosos homens que enfrentariam o espaço dentro de uma verdadeira banheira? Foi então que surgiu a ideia de fazer um sorteio, e o pessoal da NASA convocou Adam Kardec e Nicolau Guilbert, que resolveram decolar às 3 horas do dia 23 de setembro de 1988.
O grande momento chega, eles vão decolar. Começa a contagem regressiva: dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três...
— Espere um pouco! — diz Nicolau.
— O quê? — responde, zangado, o capitão.
— Estou com vontade de ir ao banheiro.
— Mas você não tinha ido antes? — diz Adam, irritado.
— Vá logo!
— Não.
— Por quê?
— Agora perdi a vontade.
— Está bem, vamos continuar a contagem. Três, dois, um, decolar.
E eles passam pela estratosfera, ionosfera e outras dessas esferas. Assim que saem da órbita terrestre, Nicolau pergunta a Adam:
— Mas onde fica Júpiter?
— Júpiter fica... é... fica em... Eu não sei.
— Vamos ver se lá naquela placa está escrito Júpiter.
Adam, furioso, dá um tapa em Nicolau. Não acreditava que nenhum deles conhecia o caminho. O jeito era contar com a sorte.
— Controle da missão, aterrissamos em Júpiter — informa Adam.
— Ou seria jupiterrissamos? — pergunta Nicolau.
— Tanto faz. O importante é que chegaram — responde o capitão. — O que vocês estão fazendo?
— Meu parceiro está... fazendo um castelo de areia — diz Adam, bravo.
— Ahhh! O vento desmanchou.
— Vento? Existe vida em Júpiter? — pergunta, curioso, o capitão.
— Não — responde Adam.
— Então, podem voltar.
— É assim? Sem uma luta extraterrestre, sem uma briguinha ao menos?
— Isso mesmo. Apenas tragam uma amostra do planeta.
— Tudo bem.
E foi assim que os terráqueos conquistaram Júpiter.

Autor: Wolney Dalla Pria Neto


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Meu sonho



Certo dia, eu quis muito ir a um show do Justin Bieber, mas meus pais não deixaram. Então, fui para minha cama. Enquanto dormia, sonhei com uma luz que não parava de brilhar. Ela tinha a forma de uma bola.
Depois que essa bola de brilho parou de brilhar, eu apareci em uma floresta superlinda, grande, toda florida, com árvores belas e com animais ao meu lado. De repente, apareceu aquela luz muito forte novamente. Ela era amarela e muito clara.
Corri para tentar pegá-la, mas, enquanto eu andava, a bola ia indo para frente, na mesma velocidade que eu ia. Logo, escutei uma voz me dizendo:
— Corra atrás dela, que você terá um desejo realizado.
Eu fui, mas não a encontrei. Continuei andando por mais um tempo e encontrei uma casa simples e pequena.
Muito curiosa, entrei na casa, e lá estava a luz novamente. Eu não sabia para que ela servia, mas queria pegá-la. Corri pela casa inteira atrás dela, mas não consegui. Logo depois, veio a mesma voz com palavras diferentes, dizendo:
— Você vai conseguir pegar essa luz no final do seu sonho.
Então, perguntei-me qual desejo meu seria realizado. Mas não esperei nenhuma resposta, pois estava sozinha.
De uma hora para a outra, eu apareci em outro lugar, onde as pessoas eram todas amigas. Comecei a andar nesse lugar, e então veio uma pessoa, com um papel na mão, e me disse:
— Este papel é seu, mandaram lhe entregar.
Peguei-o da mão do garoto e fui logo lendo. Estava escrito o seguinte:
Tente chegar até uma fazenda chamada Canto da Felicidade, próxima ao mercado do centro. Se você não sabe onde fica, pergunte a qualquer pessoa que ela vai ajudar.
Estava vindo uma pessoa à minha frente, e eu perguntei onde ficava a fazenda Canto da Felicidade. A moça não só me falou onde ficava, como também me levou até lá.
Chegando, havia uma porteira velha e desbotada, e vi cair um papel no chão escrito:
Entre e vá até a casa. Lá você terá uma surpresa.
Entrei na casa, e lá estava a luz que tanto brilhava. Fui logo me aproximando dela e percebi que ela não saía do lugar. Lembrei-me, então, que se a bola não estava saindo do lugar e nem fugindo de mim era porque o meu sonho estava acabando. Mas, quando fui colocar a mão na luz, veio um cachorro, pulou na bola e a levou com ele.
Depois disso, eu não sabia mais o que fazer. Em um mural dentro da casa, havia outro recado:
Se você perder esta bola brilhante agora, você não terá mais dicas. Terá de se virar sozinha.
Eu realmente não sabia mais o que fazer e comecei a andar. Saí da casa e fui caminhando. De repente, tropecei. Quando olhei para trás para ver o que havia no caminho, enxerguei um buraco. Cheguei mais perto para ver o que havia dentro e encontrei uma luz. Peguei-a, e era a bola brilhante.
Logo, voltei à minha realidade, e, ao meu lado, havia um bilhete escrito:
Você se lembra do sonho?
Lógico que eu me lembrava. Parecia que tinha acontecido de verdade.
Ao lado do bilhete, havia um colar amarelo e brilhante igual à bola do sonho. Então, coloquei-o no pescoço, pensando que minha vida ia mudar. Dois dias se passaram, e não aconteceu nada de bom. No terceiro, meus pais me deixaram ir ao show. Foi aí que comecei a ter sorte.

Autora: Jaqueline Vom Stein Nespolo

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sua simples vidinha


Todo dia ele chega,
com o rabo abanando.
Em vez de andar,
ele chega pulando.

Com as orelhinhas em pé
e o rabo empinado,
com certeza, ele sabe
o quanto é amado.

Dá a pata,
corre atrás da bola,
bebe água
e rola.

Todo dia é a mesma coisa.
Sua vida é assim.
Quando a traz de volta,
a gente diz “brigadim”.

Autora: Ingrid Ohana Constantino Rodrigues

sábado, 10 de setembro de 2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Hoje somente hoje



Hoje somente hoje eu queria me sentir livre...
Livre para não fazer nada
Para andar a cavalo à beira do mar
Para sentir o sol me esquentando e a brisa me acalentando.

Hoje somente hoje eu queria jogar tudo para o alto...
Sair correndo sem destino, sem rumo, sem cobranças
Brincar como criança que estou deixando de ser
Sem ter as responsabilidades de quando crescer.

Hoje somente hoje eu queria amar...
Um amor sincero, meigo e amigo
Que me enche de beijos, carinhos e alento
Amor de verdade, que faz rir e chorar
Amor puro e bonito para sempre durar...

Autora: Maria Adriana Pagianotto Rosa

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um amor infinito


Era um dia normal como os outros na escola. Amigos, colegas, professores, funcionários, etc.
Eu gostava de um menino do 9º ano, mas ele era o único que não sabia da minha paixão. Eu tinha apenas doze anos de idade naquela época (ainda não sabia diferenciar amor de paixão).
Bateu o sinal do recreio, e todos entraram para a sala, menos eu. De repente, qual não foi minha surpresa ao ver o Jack (menino por quem eu era apaixonada) chegar perto de mim e falar:
— Oi!
— Oi! — respondi generosamente.
— Tudo bem com você?
— Mais ou menos, e com você?
— Comigo vai tudo bem. Por que você não foi ainda para a sala?
— É que...
— Fala, pode falar, guardo segredo.
— É que eu não consigo.
— Para de gracinha. Vamos, você consegue, sim!
— Não consigo, antes quero lhe falar uma coisa.
— Vamos, eu marco um encontro com você depois da aula. Assim, você pode contar com mais tempo. Agora vamos, vai começar a aula.
— Mas eu não posso! — disse, irritada.
Jack se virou e estava indo em direção à sala quando gritei.
— Não consigo porque sou paralítica.
Jack virou para mim de novo, olhou minhas pernas e disse:
— Desculpe, não percebi.
Ele voltou e me ajudou a ir para a sala. Depois da aula, conversamos.
— Oi, Danni! Precisa de ajuda?
— Oi, Jack! Sim, obrigada.
— E aí, onde você mora?
— Moro na rua da sua casa.
— Na minha rua?
— Sim!
— Nossa, nunca a vi por lá.
Preferi ficar quieta.
No outro dia, nos encontramos.
— Quero falar com você no final da aula, pode ser? — surpreendeu-me Jack.
— Claro! Onde?
— No mesmo lugar de sempre.
— Tá.
Depois da aula...
— Oi!
— Oi, o que você quer falar?
— Quero lhe fazer um pedido.
— Pode falar!
— Quer namorar comigo?
— Ah... Claro que sim...
— Te amo!
— Eu também!
Depois de um beijo...
— Vamos sair hoje à noite?
— Sim, que horas?
— 19h30, passo lá, tá?
— Estou esperando, nem acredito.

Autora: Bianca Penha Mathias

terça-feira, 28 de junho de 2011

A Ilha


Nico e Rafa eram grandes amigos. Rafa tinha quatorze anos; e Nico, quinze. Eles foram fazer uma viagem de barco, e o tio de Rafa, Sr. Manuel, achou melhor ir junto. Mas eles se achavam grandinhos o suficiente para irem sozinhos. Sr. Manuel discordou:
— Quem vai dirigir?
— É mesmo, Rafa, não pensamos nisso — respondeu Nico.
Então, lá foram os três navegando pelos mares. À noite, o mar estava forte, e o suprimento deles caiu no mar. De manhã, acordaram e resolveram parar em uma ilha próxima dali para pegar frutas.
— Nico, amarre o barco em alguma árvore. Rafa, pegue a corda lá embaixo — disse Sr. Manuel.
Rafa cumpriu seu dever, mas Nico se esqueceu de amarrar o barco, que se foi para o mar. Bravo, Rafa deu uma bronca em Nico:
— Vá pelo menos achar frutas enquanto eu e o tio Manuel vamos fazer algo para pedir socorro.
Nico viu uma bananeira e nela subiu. Lá em cima, ele encontrou um macaco que apelidou de Peter. Depois de pegar as frutas, levou as bananas e o Peter ao lugar onde Rafa e seu tio estavam.
Juntos, fizeram uma fogueira para ver se alguém teria curiosidade de ver de onde vinha a fumaça. E deu certo. Um helicóptero apareceu e levou-os para casa, inclusive o macaco de Nico. Quando chegaram em casa, perceberam que aquela tinha sido a melhor aventura de suas vidas.

Autora: Mariana Gregório Arcari

domingo, 19 de junho de 2011

Bem universal?



Assunto que frequentemente está na pauta das principais discussões envolvendo o Brasil num âmbito mundial, o projeto da internacionalização da floresta amazônica, inaceitavelmente, ainda divide opiniões.
Só a ideia de tornar a Amazônia propriedade mundial já é um pensamento infeliz, embora, lamentavelmente, ainda exista quem seja a favor. Um argumento que a comunidade internacional, leia-se um pequeno grupo de países mais desenvolvidos, vem usando para embasar essa possibilidade é a dívida externa de alguns países atrasados, a qual, segundo esses países superiores, deveria ser paga com riquezas naturais.
No caso do Brasil e dos outros países que a tem em seu território, o pagamento seria por meio da cessão da floresta amazônica. Contudo, esse argumento é totalmente desconstruído se imaginarmos que, caso esse tipo de “pagamento” passasse a ser realizado, o mundo se tornaria um grande império aristocrático de alguns países, que são credores de quase todo o resto do mundo.
Outro argumento, e este o mais forte, é de que os países que detêm a Amazônia em seu território não têm a competência administrativa necessária para garantir sua preservação. Ora, se, nas mãos de quatro ou cinco países, a devastação causada pela disputa das imensuráveis riquezas que lá existem já é grande, com acesso livre de todos os países do mundo à região, transformaríamos o que hoje é o maior e mais importante bioma mundial num imenso barril de pólvora, fonte de infinitas tensões e disputas em nível global, e como consequência disto, a sua destruição mais prematura ainda.
Guerras são declaradas por motivos tão banais, quem dirá pelo controle de uma riqueza tão grande como a floresta amazônica. O mais sensato é deixar tudo do jeito que está e evitar prováveis desdobramentos trágicos. A soberania de um país deve ser respeitada, isso sim é um bem universal.

Autor: Gabriel Henrique Averoldi Magalhães

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A perseguição


A polícia estava atrás de um assassino que já havia causado mais de 24 mortes. Esperto, ele atirou no pneu de uma viatura que tinha dois policiais. O motorista perdeu o controle, e os outros carros que vinham atrás bateram nele. O acidente causou a morte do motorista, mas seu companheiro continuou atirando:
— Preciso usar o rádio!
— Vai, pise fundo. Ele parou de atirar.
— Alô! É da central?
— Sim!
— Quero reforços, cerquem a ilha. É uma perseguição.
— Sim, senhor.
— Mande todos os carros disponíveis.
— E agora, o que vamos fazer?
— Parados, a cidade está cercada.
— Socorro, pelo amor de Deus.
— Mande-a calar a boca.
— Cuidado, eles têm um refém.
— O que fazemos, sargento? Não podemos atirar.
— Eu sei o que farão.
— O quê?
— Vocês vão nos deixar passar. Se nos seguirem, ela morre.
— Deixem-no passar.
— Eu estou de olho. Qualquer coisinha, ela morre!
Quando ele se virou de costas... Pei!
— Ele atirou. Vai, vai, vai.
— Você, atire no pneu. O outro, na cabeça. Chamem a cavalaria, todos os policiais.
— Senhor, onde eu atiro?
— Atire no pneu logo, seu idiota!
Pei! Pei!
— Ah!
— Desça do carro, mulher.
— Por favor, não me mate.
— Cale a boca.
— Largue-a.
— Se eu morrer, ela também morre!
Poft!
— Agora, eu te pego!
— Corra, corra!
Pei, pei, pei!
Tchibum.
— Ela caiu, atire!
Pei, pei, pei!
— Você, ligue para a ambulância, rápido.
— Alô, quero uma ambulância na BR 24, imediatamente.
— Já estamos aí!
— Sargento?
— Fale, moça!
— Avise meu filho que estou no hospital.
— Tem o número?
— É 4355-0879.
— Alô!
— Alô, aqui é o sargento, sua mãe está no hospital.
— É grave?
— Não, foi só um tiro na perna. Teve pouco sangramento.
— Graças a Deus.

Autor: André Silva de Oliveira

terça-feira, 7 de junho de 2011

Falsa promessa de segurança


Estão desinformados aqueles que acham que os bandidos são ingênuos e despreparados. É um engano pensar que ter uma arma em casa significa segurança contra possíveis ladrões.
Há seis anos, foi feita uma votação para o desarmamento no nosso país. Aqueles que votaram contra ganharam, alegando ser a arma um motivo de tranquilidade. A verdade é que o fato de a arma ser legalizada e estar nas mãos de pessoas do bem não evita que tragédias aconteçam, dentro da própria casa, por exemplo.
O grande número de acidentes envolvendo crianças e uma arma legal prova que esta não traz paz. Há, ainda, situações em que pessoas com transtornos mentais ou apenas por maldade se apossam de armas que encontram e fazem grandes chacinas, em escolas, por exemplo.
Ter uma arma em casa, mesmo que legalmente, não garante que você terá a frieza suficiente para utilizá-la contra alguém quando necessário. E, muito menos, traz a certeza de que você conseguirá viver tranquilamente depois, caso venha a utilizá-la.
O perigo que as armas em casa representam para nossas famílias, principalmente para as crianças, mostra o quanto devemos pensar antes de votar sobre a legalização de sua venda. Porque o único modo de termos uma sociedade digna e segura é através dos instrumentos da paz, não da guerra.

Autora: Karina Rita Martins Pino

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Julgamento Egípcio


Dois egípcios, Davi e Araão, morreram e foram para o julgamento de Osíris, quem decidiria se eles iriam para o céu ou se ficariam com Anúbis. Para ir para o céu, o coração tinha que ser mais leve que uma pluma.
Antes do julgamento, os dois tiveram de esperar numa sala escura e apavorante. Quando Osíris chegou, chamou Davi e pediu-lhe que fosse à balança especial de pesar coração.
O coração de Davi era leve, o que significa que ele fez bastantes coisas boas. Assim, ele ganhou a passagem para o céu.
Então, Araão foi chamado, e tudo se repetiu, até o ritual da balança. Porque o coração dele era muito pesado, viram que ele tinha feito nada de bom.
Por fim, Osíris levou Davi para o céu e mandou chamar Anúbis para vir buscar Araão.

Autor: Vinicius Candido Lima

domingo, 5 de junho de 2011

Para que tudo isso?


Estávamos na fronteira da Alemanha com a França, sobrevivíamos em péssimas condições. Era uma trincheira com muitos mortos, alguns eram nossos amigos, o odor era horrível, tínhamos fome e frio. Para piorar não podíamos nos levantar, senão éramos mortos por soldados alemães. Por isso, tínhamos dores musculares. Por causa das bombas de gases, usávamos máscaras que nos incomodavam muito e, mesmo assim, éramos infectados.
     Aos poucos seguíamos em frente cavando e atirando todos os dias. Algumas vezes chegaram reforços que traziam munição e mantimentos. Éramos médicos brasileiros, soldados e médicos estadunidenses e soldados e médicos de uma parte da Europa. Eu vinha da França mesmo e deixava em minha cidade uma mulher e dois filhos para criar. Olhando a foto de nós quatro juntos, lutava para sobreviver, na esperança de ter uma vida normal e de novo reencontrar a minha família.
     Já havia três anos que estava ali naquele campo de batalha, fazendo de tudo para sobreviver, perdendo muitos colegas e amigos, que eram como irmãos para mim, ficando cada vez mais sem esperança. Mas eu olhava aquela foto e conseguia arranjar forças que jamais imaginaria ter.
     Pensávamos que estava tudo muito ruim, impossível de piorar, até que um dia a tropa alemã avançou pela noite, atacando-nos. Perdi quase todos os meus amigos. Os únicos sobreviventes foram aqueles que priorizaram sua vida e família em vez de seu país.
     Foi um massacre terrível, vi muitos de meus amigos caírem baleados, dando seus últimos tiros e gritos. Gritavam o nome de suas mulheres e filhos. Eu tomei um tiro na perna e caí. Fingi que estava morto e segurei-me para não gemer de dor, para que eles não percebessem. Assim foi por algumas horas até que eles recuaram.
     Depois deste trágico confronto, eu e os poucos sobreviventes juramos a nós mesmos nunca mais participar de uma guerra. Não sei o fim que teve os que permaneceram lá, mas eu não me arrependo de nada.
     Você pode me achar um covarde, mas coloquei minha família em primeiro lugar e fiz o que achei mais correto. Tenho certeza de que, se você estivesse em meu lugar, faria o mesmo. Por isso, não desejo a guerra para ninguém.

Autor: Iago Raphael Valejo

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Bela e a Fera


Certo dia, um pai de três meninas foi trabalhar. Na volta, viu uma linda rosa e pensou na filha mais nova e mais querida. Ele foi tentar pegar a linda rosa, mas um horrível monstro, a Fera, apareceu e o trancou num porão.
No outro dia, a Bela estava tão nervosa que foi procurar o pai. Ela viu o cavalo dele no castelo da Fera e entrou para resgatá-lo.
Nisso, a Fera falou:
— Eu solto seu pai, mas você tem que ficar.
— Sim. Agora, solte-o — respondeu a Bela, e a Fera soltou.
Passado algum tempo, a Bela soube que o pai estava muito doente e falou, chorando, para a Fera:
— Fera, deixe-me ver meu pai. Ele está doente.
— Claro, mas promete que volta?
— Prometo.
Bela chegou em sua casa, e suas irmãs abraçaram-na muito. Então, Bela disse:
— Onde está o papai?
— No quarto, doente e com frio — elas responderam.
Bela entrou no quarto, e seu pai estava na cama lendo.
— Oi, papai, estou aqui. Vou ficar até o senhor sarar.
— Obrigado.
E assim foi. Depois de dois meses longe da Fera, ela foi vê-lo, mas o terrível monstro estava muito fraco e precisava de um beijo. Bela beijou a Fera, que se transformou numa pessoa normal.
No final, a Bela se casou com a Fera, e todos viveram felizes para sempre.

Adaptação: Larissa Ap. Gonçalves Monteiro

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O melhor dia de todos

Era um dia normal como todos, a escola estava chata como sempre, e minha paixonite secreta, igual, como todos os dias.
Fiquei babando em todas as aulas, mas, por sorte, ele nem me notou. Todos sabiam dessa minha paixão, menos ele.
Sou Jenie. Naquela época, eu tinha 16 anos e gostava de Ronni. Eu era loira de olhos azuis. Não tinha muitos amigos e gosto de cantar até hoje.
Ronni era inteligente, bonito, um dos meninos mais bonitos do colégio, segundo meu gosto.
Na minha escola, havia as pinks. Eram três meninas metidinhas que menosprezavam todas as outras pessoas. Também havia os nerds. Eram três meninos horríveis que achavam que eram os melhores dos melhores, “os mais mais”. Por fim, havia o grupo dos mais gatos: Ronni, Mike, Robson e Dani.
Para minha surpresa, naquele dia que parecia que nada ia acontecer, Ronni falou pela primeira vez comigo:
— Oi!
— Oi — respondi carinhosamente e vibrando por dentro.
O sinal tocou, entramos todos para a sala.
— Bom dia, alunos! Quero avisar que a escola tem a honra de fazer o primeiro show de talentos da história — disse o professor.
Vibrei por dentro, achei a chance de mostrar meu talento para a escola toda.
— Dia 7 de junho, às oito da noite.
Só havia um problema a resolver. Qual música cantar? As músicas que eu escrevia eram só dueto e ainda por cima com o Ronni. Eu não tinha a mínima chance de cantar e de ficar com ele. Mas eu estava realmente apaixonada. Quando eu olhava para ele saía corações dos meus olhos. Muitos outros meninos olhavam para mim, mas eu não ia desistir do meu sonho tão rápido.
Falei para o professor que eu ia desistir, e, sem querer, o Ronni escutou. Quando saí da sala, ele gritou:
— Ei! Espera!
Parei no meu armário.
— Por que você não vai mais participar?
— Ah, sei lá, não vai dar.
— Se for por não ter parceiro, formo a dupla com você.
— Sério?
— É sim, gosto de cantar. Faço músicas, mas é só dueto, e não tenho com quem cantar.
— Nossa, obrigada!
Naquela hora, meu desejo se realizou. Nunca pensei que cantaria e comporia uma música com o menino dos meus sonhos.
— Que tal irmos ao parque para compor nossa música?  — sugeriu Ronni.
— Legal!
Fomos ao parque, compusemos a música e ficamos batendo papo.
— Olha, Ronni, eu quero lhe falar uma coisa que ninguém sabe.
— Pode falar, eu guardo segredo.
— Eu gosto muito de você, desde o ano retrasado, quando você entrou.
— Nossa, agora posso lhe dar uma coisa? Ao receber, você vai saber o que sinto por você.
— Vai em frente.
Então nos beijamos. Aquele dia foi o melhor da minha vida. Depois de um tempo paramos, e eu disse:
— Você quer ensaiar de novo?
— OK!
Ensaiamos e fomos para casa.
Assim que cheguei, contei tudo para meu diário, é claro, mas só ele que ia saber detalhe por detalhe.
Alguns dias se passaram, e, em todos eles, ensaiamos e nos beijamos, até que chegou o grande dia da apresentação.
A primeira dupla cantou Djavú. Em seguida, um grupo cantou Restart. Mike, Robson e Dani eram a banda antes da nossa. Eles cantaram uma música legal. Não lembro como se chamava, mas foi divertida. Por fim, nossa vez chegou e cantamos uma composição de Ronni.
Como o festival estava sendo transmitido pela TV, na hora de conhecermos os ganhadores, o apresentador disse:
— Fiquem na frente da TV porque já estamos de volta.
Ficamos mais nervosos ainda. Quando voltou do comercial, o apresentador falou:
— E a dupla vencedora é... (uma música de suspense quase nos ensurdeceu)... Ronni e Jenie!!!
Foram muitos gritos e comemorações. E assim Ronni e eu começamos nosso namoro e nossa carreira artística.

Autora: Nathalia da Fonseca Campos

terça-feira, 19 de abril de 2011

A Cinderela Má

Em uma tarde ensolarada e quente, Cinderela nadava na piscina com suas amigas: Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Bela Adormecida, Ariel, Pocahontas e Mulan, enquanto suas irmãs, Mariana e Amanda, e sua madrasta, Maria, arrumavam a casa.
Ao escurecer, Cinderela se arrumou para ir à balada. Ela fez chapinha, vestiu minissaia, blusa decotadíssima e aberta nas costas, sapatos meia-pata e brincos enormes. Quando ela desceu a escada e foi em direção da porta, sua madrasta disse:
— Aonde você vai assim a esta hora, minha filha?
— Primeiro, eu não sou sua filha. Segundo, não interessa aonde vou — respondeu Cinderela, mal-educadamente.
A madrasta ficou quieta. Cinderela saiu e só voltou de madrugada e ainda por cima bêbada. Mas ninguém ficou sabendo do acontecido.
Passaram-se alguns meses. Num domingo pouco antes do casamento marcado das irmãs Mariana e Amanda, houve um almoço com os noivos na casa da Cinderela. Como Cinderela não suportava ver a felicidade de ninguém, seduziu os noivos de suas irmãs, que ficaram arrasadas ao flagrar a menina má aos beijos com eles.
Mas esta não foi a única maldade que Cinderela fez. Se juntar todas, é possível fazer um livro. Outra vez ela cortou o vestido de festa da sua irmã Amanda, pois sentia inveja por ele ser lindo, todo de renda e paetês.
Um ano e meio depois, a madrasta recebeu um convite dos príncipes.
Convidamos a Sra. Maria e suas filhas, Amanda, Mariana e Cinderela, para o baile em que os príncipes Felipe e Augusto e o rei Marcelo vão escolher suas noivas.
Aguardamos sua presença.
Data: Hoje à noite
Local: Castelo Muffy
Horário: 20h00
Ass.: Príncipes Felipe e Augusto e o Rei Marcelo.
Dona Maria avisou as filhas, e todas começaram a se arrumar. Maria colocou um vestido longo, verde, com estampas; Mariana, um vestido cor-de-rosa, com fitas de cetim. Amanda estava com um vestido longo, azul, de frente única; e Cinderela, um vestidinho preto, justo, curtíssimo de strass. Sua madrasta não gostou nada, mas fazer o quê? A menina má não tinha limites.
E lá foram elas, entraram na festa, comeram, beberam e dançaram até que chegou a hora de os príncipes e o rei anunciarem suas escolhidas. Então, o conselheiro do rei disse:
— Vamos conhecer as futuras princesas e rainha. Augusto escolheu Mariana, filha da Sra. Maria.
Mariana correu para os braços do príncipe Augusto.
— O príncipe Felipe escolheu Amanda, irmã de Mariana.
E Amanda também correu para os braços do príncipe Felipe.
— E o rei Marcelo escolheu a Sra. Maria.
E Maria correu em direção do rei Marcelo.
Passaram-se três meses, e as três se casaram. Mariana com o príncipe Augusto, Amanda com o príncipe Felipe e a Sra. Maria com o rei Marcelo. Eles foram felizes para sempre, mas será que Cinderela foi feliz também? Isso não sabemos até hoje.

Autora: Gabriela Lopes Zanichelli